Engraçado perceber que os Estados Unidos, um país com grande histórico de racismo, acaba de empossar um presidente negro com 52,7% dos votos na eleição. Talvez, alguns não se lembrem de cara dessa característica do país, pois só pensam nos norte-americanos como aqueles branquelos ou, distintamente, aqueles negões dos times de basquete, mas e a grande diferença que existiu e/ou existe entre eles?Porque não nos vem à cabeça uma mistura populacional como no Brasil? E os filmes mais antigos que ressaltam as divergências entre as raças, os documentários que mostram até mesmos bairros e vidas separadas?
Há 44 anos, os EUA pareciam ser outra nação, nada similar a atual. A luta dos negros começou na década de 50 contra leis separatistas as quais não proibiam os negros de nada, mas o impediam de levar uma vida normal, pois havia escolas, empresas, hospitais e restaurantes especiais para negros (que de especiais não tinham nada). Os dois ícones iniciais dessa luta social são Rosa Parks e Charles Houston; ela se recusou a dar lugar a um branco no ônibus e ele provou, com um estudo científico, na Suprema Corte americana que escolas separadas prejudicavam o desenvolvimento das crianças as quais se sentiam rejeitadas. A partir daí as atitudes surgiram: durante mais de um ano nenhum negro andou de ônibus no Alabama; um grupo de estudantes freqüentou, por meses, a mesma lanchonete de brancos para poder ser atendido; Martin Luther King Jr. liderava a campanha pelos direitos civis; cobertura maior da imprensa nos protestos envolvendo negros.
Na década de 60 surge outro personagem de grande relevância: John F. Kennedy, que apesar de não ter cumprido a promessa de resolver o problema da segregação, foi o primeiro presidente americano a dar ouvidos para as questões segregacionistas e abordar assuntos como cotas e políticas públicas voltadas para essa classe excluída.
Em 1970, com Kennedy e Luther King mortos, inicia um radicalismo racial com grupos que vigiavam os abusos cometidos por policiais brancos contra negros, porém eles tinham a ideologia de igualdade alcançada por qualquer meio, nem que isso levasse a muitas mortes. Passada essa fase de terror, ainda nos anos 70, os negros começam a ganhar as rádios com algumas músicas e Shirley Chisholm se candidata à presidência (pela primeira vez uma negra)!
Com a chegada dos anos 80, o negro parece já ter o apoio da imprensa: a música é veiculada normalmente e passa a ser comum, principalmente, o hip-hop entre os jovens; um seriado mostrando o cotidiano de uma família negra de classe alta também passa a ser veiculado. As ideologias começam a ser quebradas aos poucos e uma nova visão se forma sob os negros. O mundo e os americanos brancos reconhecem, hoje, Bill Cosby, Michael Jackson, Michael Jordan, 50 Cent e etc.
Muitos desses fatores foram essências para a vitória de Barack Obama: pregar o direito civil como Luther King; ser jovem e com idéias inovadoras como Kennedy; chegar até os rappers e outros artistas em sua campanha; estar sempre acompanhado da esposa e das filhas mostrando uma família americana normal como no seriado. Obama não viveu nem participou dessas tantas manifestações e movimentos que lutavam por uma liberdade efetiva e por direitos da sua raça, mas foi por conta desses revolucionários que, hoje, ele é o presidente dos Estados Unidos da América. Será que ele dá conta de tanta responsabilidade?
“Rosa Parks sentou para Martin Luther King caminhar. Luther King caminhou para Obama correr. E Obama correu para que as próximas gerações possam voar.” Hit dos SMS nos EUA.
Há 44 anos, os EUA pareciam ser outra nação, nada similar a atual. A luta dos negros começou na década de 50 contra leis separatistas as quais não proibiam os negros de nada, mas o impediam de levar uma vida normal, pois havia escolas, empresas, hospitais e restaurantes especiais para negros (que de especiais não tinham nada). Os dois ícones iniciais dessa luta social são Rosa Parks e Charles Houston; ela se recusou a dar lugar a um branco no ônibus e ele provou, com um estudo científico, na Suprema Corte americana que escolas separadas prejudicavam o desenvolvimento das crianças as quais se sentiam rejeitadas. A partir daí as atitudes surgiram: durante mais de um ano nenhum negro andou de ônibus no Alabama; um grupo de estudantes freqüentou, por meses, a mesma lanchonete de brancos para poder ser atendido; Martin Luther King Jr. liderava a campanha pelos direitos civis; cobertura maior da imprensa nos protestos envolvendo negros.
Na década de 60 surge outro personagem de grande relevância: John F. Kennedy, que apesar de não ter cumprido a promessa de resolver o problema da segregação, foi o primeiro presidente americano a dar ouvidos para as questões segregacionistas e abordar assuntos como cotas e políticas públicas voltadas para essa classe excluída.
Em 1970, com Kennedy e Luther King mortos, inicia um radicalismo racial com grupos que vigiavam os abusos cometidos por policiais brancos contra negros, porém eles tinham a ideologia de igualdade alcançada por qualquer meio, nem que isso levasse a muitas mortes. Passada essa fase de terror, ainda nos anos 70, os negros começam a ganhar as rádios com algumas músicas e Shirley Chisholm se candidata à presidência (pela primeira vez uma negra)!
Com a chegada dos anos 80, o negro parece já ter o apoio da imprensa: a música é veiculada normalmente e passa a ser comum, principalmente, o hip-hop entre os jovens; um seriado mostrando o cotidiano de uma família negra de classe alta também passa a ser veiculado. As ideologias começam a ser quebradas aos poucos e uma nova visão se forma sob os negros. O mundo e os americanos brancos reconhecem, hoje, Bill Cosby, Michael Jackson, Michael Jordan, 50 Cent e etc.
Muitos desses fatores foram essências para a vitória de Barack Obama: pregar o direito civil como Luther King; ser jovem e com idéias inovadoras como Kennedy; chegar até os rappers e outros artistas em sua campanha; estar sempre acompanhado da esposa e das filhas mostrando uma família americana normal como no seriado. Obama não viveu nem participou dessas tantas manifestações e movimentos que lutavam por uma liberdade efetiva e por direitos da sua raça, mas foi por conta desses revolucionários que, hoje, ele é o presidente dos Estados Unidos da América. Será que ele dá conta de tanta responsabilidade?
“Rosa Parks sentou para Martin Luther King caminhar. Luther King caminhou para Obama correr. E Obama correu para que as próximas gerações possam voar.” Hit dos SMS nos EUA.